®Espaço Talentos: Clau Assi -Claudenir Paz Siqueira Assi - Poetisa, Professora de Língua Portuguesa

Já dizia o nosso grandisoso Vinícius de Moraes:"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida" É baseada nessa colocação, que este espaço passou a existir. O único objetivo é postar, reunir, relatar, os vários perfis e seguimentos desse mundo mágico que tanto nos mobiliza, nos aproxima e nos torna tão iguais, que é o dom de descobrir-se em sensibilidade... Entre, venha, faça parte deste nosso projeto que é divulgar os inúmeros "Talentos" espalhados entre nossos contatos. Aqui será uma passarela com portas abertas aos Escritores, Atores, Músicos, Artístas Plásticos, Jornalistas, Radialistas, Editores, Produtores Teatrais, enfim...A todos da Arte em Geral. É um prazer contar com sua presença prestigiando nossa página! Receba meu carinho e meu melhor abraço fraterno. KêniaBastos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Clau Assi -Claudenir Paz Siqueira Assi - Poetisa, Professora de Língua Portuguesa

“Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.”
[Fernando Pessoa ]

IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Claudenir Paz Siqueira Assi (Clau Assi)
43 anos Barueri – São Paulo
Poetisa, Professora de Língua Portuguesa

1- Sou mãe, esposa, amiga, professora e ainda arrisco alguns versos (não necessariamente nessa ordem). Procuro em todas estas atividades conciliar um pouco de cada. Ser mãe com poesia, por exemplo, que educa, ensina, aprende, é amiga e acima de tudo ama incondicionalmente. O mesmo procuro nas outras atividades. Poesia, amor e aprendizado é um lema que só pode me engrandecer.

2-Amo, leio, penso, respiro poesia. Penso que Arte, de modo geral, é tudo que emociona ou estimula as sensações do ser humano, uma forma emotiva e criativa de interpretar, sentir ou perceber a vida. Poesia é arte porque emociona, estimula as sensações, interpreta, sente e percebe a vida. Resumindo poesia é arte, pois como a arte necessita da alma de quem escreve e de quem a ela tem acesso. É cor, brilho, criatividade.

3- Desde a minha mais tenra adolescência soube que os versos são as melhores formas de extravasar nossas energias, nossos traumas, anseios... TUDO. Aos 30 anos arrisquei meus primeiros versos para com eles fazer uma releitura do poema “The Raven” de Edgar Allan Poe, num curso de Práticas Pedagógicas que fiz na Universidade de São Paulo (USP). De lá pra cá tenho transformado em versos tudo o que sinto, que penso sentir, que gostaria de sentir. Minhas alegrias e tristezas. Sonhos e realizações.

4-Para minha alegria vi meus versos estampados em:

a) Alguns jornais: · Jornal Alto Madeira, de Porto Velho, Rondônia – Caderno de Literatura em 06/11/2008; · Jornal Pedra Lisa, de Itabira, Minas Gerais - em outubro, novembro e dezembro de 2008; · Jornal Cidade de Barueri, Barueri, São Paulo - em 24/10/2007.

b)Coletânea “Poetas Del Mundo em Poesias” realizada pelo Movimento Poetas Del Mundo, abril 2008.

5-Em 04/07/2007, incentivada pelo poeta Théo Drummond, publiquei “Ondas” que é um poema pelo qual guardo muito carinho por ser a primeira exposição pública. Começou, aí, minha trajetória e começou também a sensação de que meus riscos não precisam ser apenas meus. Que posso dividi-los com outros. Essa divisão tem me mostrado que muitos sentem o mundo com o mesmo prisma que o meu. E isso muito tem me ensinado, incentivado, emocionado e alegrado.

"ONDAS"

Ondas são gente,

Ora audazes que a tudo detêm,

Ora leves ondulações de um regato cristalino.

São sentimentos,

Por vezes arrasadores tsunamis

Quebrando-se, ofegantes, contra os rochedos inertes.

Outras serenas arrebentações

Espraiando-se sobre a areia sedenta.

E são intuições

Turvas e densas, afogam.

Ou límpidas águas prenhes de futuro.

Gente como ondas

Celebra o reencontro num envolvente abraço

Que apaga o tempo que foi e ignora o que vem.

Ondas como gente

Despedem-se lentamente, no seu retorno espumante.

Deslizam, desfeitas pela areia

Aquecida pelo sol poente

Num vai e vem incessante.

Para, enfim, recomeçarem

Ambas: gente e onda,

Novas vidas Inovadas, renovadas...

[Clau Assi]

6) Tive a honra e alegria de ser homenageada algumas vezes, em verso ou prosa de amigos que me ensinam, me emocionam, incentivam e me mostram que quando a vida é compartilhada com pessoas especiais faz-se amena, faz-se bonita e feliz. Sou eternamente grata a eles que me vendo com os olhos do coração me descreveram de forma tão poética e perto da perfeição (muito embora saiba que somente doces olhos poderiam enxergar-me assim, ciente que sou de minhas limitações enquanto ser humano São muitos, então não citarei nomes para não incorrer numa injustiça. Mas devo deixar claro que todos são especiais e ocupam meu coração. Homenageando a todos, escolho um soneto, desse que tem sido meu incentivador, inspirador, amigo, cúmplice, mestre e orientador.

"SENTIMENTO"
Théo Drummond
(Para a querida Clau Assi, minha pequena homenagem pelo seu aniversário)

É estranho o sentimento da amizade:
no mais das vezes surge de repente
e vai crescendo assim, dentro da gente,
como um gostar com naturalidade.
Basta que ambos se encontrem, na verdade
nem precisa convívio permanente.
O ver-se, vez por outra, é suficiente
para manter, na vida, a afinidade.
Foi bom que o tempo tenha permitido
te conhecer, como se houvesse planos
para que o nosso encontro houvesse havido.
E eu pudesse, sem duvidas, enganos,
desejar que o melhor que tenhas tido
se repita no dia dos teus anos.